18.5.11

Médicos, enfermeiros e hospitais



Tive a sorte de passar poucas vezes pelos corredores do hospital de Guimarães. Entre um ou outro nascimento e uma morte. Tive o azar de conhecer as realidades hospitalares sempre com patologias incuráveis. Com os meus, com doenças sem sobrevida. Não deram esperança. Não me permitiram quase a rezar por um milagre. Passei naqueles corredores e cheguei a sair de saco negro na mão...como se levasse uma vida que se foi. Estive (ainda estou) desacreditada na medicina. Mas hoje, passei a manhã no Centro Hospitalar do Alto Ave, vulgo Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães. Entre conversa e visitas. Claro que vi gente doente. Mas feliz. Cujos olhos não mentiam. Assisti às quimios, entre revistas, tertúlias e almoços. Mas vi também quartos escuros de portas fechadas. De quem quer recolhimento. E chega a sentir vergonha da doença. Conversei com profissionais empenhados. Eficientes. Essencialmente humanos.
Esta manhã, comecei a mudar a visão (injusta, eu sei) que tinha da medicina.


* estas três horas em universo hospitalar devem-se a uma reportagem que estou a preparar (imperdível) para a próxima edição.

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