Ela é casada. Ama o marido. Não vive sem ele. Quer tê-lo
sempre por perto. Não o trocaria por nenhum outro.
Ela é bonita. Alta. Olhos verdes. Veste 36 de calças e
soutien. Anda como ninguém. Como se as pernas, bem torneadas, se envolvessem
numa dança de segundos. Desliza em cima de saltos vertiginosos, companheiros de
todas as horas. De qualquer bate perna. No shopping ou na calçada portuguesa.
Fixa olhares. Atrai ordinarice e bocas foleiras. Fez-se
mulher assim. Entre uma saia curta e um decote.
É a mulher. 90% quer tê-la nos braços e entre as pernas. 10%
é gay.
Ela quer. O sexo. A insanidade de (duas) cabeças.
Mas, quer estar entre as pernas e no coração.
Não lhe basta o encontro. Fugaz. O despe e veste, sem o
afagar do cabelo ou a persistência do olhar.
Não lhe chega tocar o corpo. Quer para si a alma. O domínio
dos pensamentos. E os likes do facebook.
Mas, os homens julgam-se assim. Donos da carne. Senhores da
mente. Gente sem propriedade… que não sente.
Até que, uma tarde qualquer, entre a lavandaria e o pão do
dia, ela vai apagar o cigarro e vai vestir.
Com aquele, não despe mais.
E assim se fala bem (ou mal) mas bem...
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