Como aconteceu a Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar Contra a Fome. A senhora, que de resto, dedicou as últimas duas décadas a lutar contra a pobreza, é agora alvo de duras críticas da parte de um povo indignado que não aceita outro cenário que não a demissão da senhora que proferiu, durante 6 minutos e 22 segundos, declarações - vá - de difícil interpretação. Estive para classificá-las de controversas ou polémicas, mas sinceramente não vejo fundamento para tal e perdoem-me a ignorância, mas era suposto levar a mal o que ela disse?
Eu não levo a mal e enfio a carapuça.
Cá em casa todos lavamos os dentes com a água a correr. Está correcto? Não. É um desperdício? Sem dúvida.
Quantas vezes cedi perante um pedido da minha filha e gastei dinheiro que me veio a fazer falta?
Indiquem-me um pai que não o tenha feito...
Quem é que nunca cometeu excessos?
Mas, qual é a novidade e a razão para tanta indignação quando ela diz que os portugueses vivem acima das possibilidades? Porque foi apenas isso que ela quis dizer.
Eu já ouvi um pai extremoso que considero garantir que se não houver dinheiro, pode faltar comida, cigarros é que não.
E vou agora chocar-me por a mulher dizer que não se podem comer bifes todos os dias?
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