6.11.12

Nunca mais serei a mesma mulher

Não depois da aragem do rio Torto, cortante naquelas margens de orvalho, logo depois do almoço.
Já me tinham avisado para o calçado. E eu própria já tinha sentido aquele frio de aldeia atravessada por água, com água que corre esquinas e desce alcatrão. Mas nunca como hoje!
Quatro entrevistas em cinco horas. Uma dor no início das costas, entre um e outro ombro, as mãos geladas que ainda não pude aquecer.
Jamais vestirei nas aldeias o que visto na cidade.
 Diário de bordo: usar roupa bem quente repartida por muitas camadas. Cachecol, luvas, eventualmente compôr com chapéu.
A minha temperatura corporal desceu muito além dos 35 graus. Entrei em hipotermia e morri. Só ressuscitei com os 26 graus do carro.
Nunca um frango assado e uma cama quente me souberam tão bem.

Sem comentários:

Enviar um comentário