17.11.12

O que sobra do sábado?








Na verdade, pouco.
Sobram elas. O que me dizem. O que me pedem. Refeições a dobrar.
Sobra a sesta da tarde, como oração ao cair da noite. Enquanto uma dorme a outra desarruma o que outros já tinham arrumado.
Sobram as sombras dos olhos sujos do eyeliner. Os restos da make up da manhã que serve o pequeno almoço. E permite algumas fotos.
Gosto de ficar por casa, mas não aprecio o vazio. Como se o dia não tivesse sequer existido. Como se em vez de 24, fossem apenas quatro as horas que o fazem.
E agora só, enquanto as meninas foram com o pai à avó penso que as nossas conversas me fazem falta. Essa espécie de sentido de oportunidade. E a abrangência... que podia tão bem ir só das skinny às galochas, mas é mais que isso. Porque os temas são como cartas de black jack que se põem na mesa. Mesmo que partas sem pagar a conta, o que seria menos grave se horas antes não me tivesses acusado de shopaholic que se me permites a tradução para o português, foi o mesmo que dizeres "desgovernada, estouvada, compras vestidos aos molhos".






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