12.4.13

E tu do que é que gostas?




Já lá vão 13 anos desde a primeira vez que o meu nome apareceu assinado numa publicação. Foi uma peça desportiva de um jogo qualquer de um campeonato distrital.
Nunca quis escrever sobre futebol, ou voleibol, ou andebol. Mas escrevi. Porque pior do que escrever sobre o que não se gosta, é não escrever, de todo.
Sempre quis ser jornalista - ou escritora, vá - e o melhor é que naquele tempo nem processei essa informação. Não cheguei a dizer tãopouco um "quem me dera...". O convite surgiu.
Fui dos jogos distritais para as breves que chegavam em notas de imprensa.
Entregaram-me a última página.
Fiz milhares de entrevistas. Estive em outras tantas conferências de imprensa, reuniões e assembleias municipais, lançamentos, apresentações...
Programei. Editei. Tantas noites escrevi de madrugada nas notas do iphone com medo que a entrada ou o título já lá não estivesse de manhã.
Quantos textos li num silêncio audível - de mim para mim - orgulhosa da minha obra.
E agora que o jornalismo tem ocupado cada vez menos espaço na minha vida tenho medo que a esses números não se somem outros. Mais entrevistas. Mais reportagens. Mais páginas.

Vamos puxar a toalha.

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