31.5.13

Os jornalistas espontâneos

http://ovimaranes.blogspot.pt/2013/05/montagem-video-da-conquista-da-taca-de.html

Sou uma defensora assumida do jornalismo espontâneo. De proximidade. Do jornalista que conduz uma entrevista como uma conversa de sofá (naturalmente que há que ter em conta o entrevistado, mas mesmo tratando-se de políticos e governantes é bem mais interessante o que dizem quando despem o fato do profissional e calçam os ténis do homem).
O Daniel Oliveira entrevista como ninguém, mas não o vejo como jornalista. É um bom entrevistador, um exímio comunicador.
Se me direccionar para os jornalistas, os que têm carteira profissional, a minha referência é a Judite de Sousa.
Ontem, na entrevista ao Toni Carreira, chegou a dizer-lhe qual a sua música preferida do cantor e a confidenciar-lhe que a ouve muitas vezes no carro. Acabou a entrevista manifestando o prazer que teve em entrevistá-lo porque, como disse, "gosto de pessoas que se fazem a si próprias".
O Toni, agradeceu e devolveu-lhe a vénia ao partilhar que "ser entrevistado pela Judite de Sousa significava tanto ou mais do que alguns prémios".
As boas entrevistas fazem-se de emoções. De revelações que só se fazem a "amigos". Das perguntas que só os "amigos" fazem. O Daniel Oliveira sabe fazê-lo, mas num registo mais formal, a Judite de Sousa também.
Já o tinha feito quando a abrir a entrevista ao Reynaldo Gianecchini se atreve a perguntar, "a quem é que você sai assim tão bonito?". Uma entrevista que de resto envergonha a outra feita pela Clara de Sousa e emitida no mesmo dia na SIC. Até a Cristina Ferreira esteve melhor.

O minuto 7.56 do vídeo postado em cima é mais um exemplo de jornalismo espontâneo protagonizado por Abel Sousa, um colega da Rádio Santiago, de Guimarães, nos minutos seguintes ao final da Taça de Portugal.

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