Eu que sou antipática, que vivo de nariz empinado sempre fui das que defende com afinco que no mundo do trabalho antes competência do que simpatia. Veja-se o pediatra das minhas filhas. Em 9 anos acho que me sorriu uma vez, em contrapartida nunca errou um diagnóstico. É presente. Ligo-lhe a qualquer hora, em qualquer dia e isto não é exagero porque já lhe liguei no dia 1 de janeiro.
No entanto, quando se trata de entidades públicas com funcionários que lidam directamente com pessoas ( entenda-se clientes) parece-me que pelo menos a cordialidade deveria ser um requisito essencial. Não se espera deles que decidam entre uma bronqueolite ou nariz entupido. Só queremos ser informados face a dúvidas que nos dizem respeito enquanto utilizadores / pagadores. E assim só porque assim não interessa às 50 pessoas na sala que o senhor trabalhou toda a vida para ter um poço e como tal não vê benefícios em ligar-se à rede pública. Ou a mulher que ficou sem água porque o marido não pagou quando acertaram que essa seria uma responsabilidade dele.
Depois de muita discussão entre o idoso e o homem que venceria facilmente o galardão do funcionário mais antipático da função pública, o senhor lá se resignou, " pronto, desculpe lá a maçada". Não é que o senhor funcionário rematou a conversa com um brilhante, "não me maçou nem nada". Como quem diz, nem para isso você serve homem, vá lá tirar a sua água do poço e depois diga que tem alojada no estômago uma família de lombrigas.
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