28.2.14
Directamente da Amazónia peruana
Vamos a contas que isso é que interessa. As camisolas brancas custaram 2 euros, cada. Fui aos chineses e comprei por 1.50 euros uma máscara cheia de penas que acabei por arrancar uma a uma.
A simpática da Gracindinha fez as saias em duas tardes por 3 euros, cada enquanto eu cosi as penas às fitas da cabeça. Finalmente cortei às tirinhas um retalho da Feira dos Tecidos.
Quê?? 15 euros? Nem tanto, os dois disfarces. Oh pá sou mesmo poupada!
25.2.14
Papel colorido aparece filho da p#&$
Oh pá eu todos os dias apanho cocó de cão sendo que no caso particular do mais gordo os dejectos se assemelham aos de qualquer bovino. Penteio duas gajas, uma delas tem caracóis. A outra tem resistência a objectos penteantes.
Faço exercícios de matemática, resolvo com a ajuda do telefone os problemas, invento ditados e composições. Sei de trás para a frente a Bela Adormecida, o Rei Leão, o Up, o Noddy salva o Natal, praticamente as quatro temporadas do Ruca e só me faltam umas falas da Rapunzel.
Apago aplicações que me permitem produzir por causa do Hay Day, do verdureiro, e dos puzzles.
Recebo cartas do Vaticano. Preparo entrevistas enquanto faço xixi. Até sei o PIB, a taxa de desemprego e o nome da fã nr1 do clube oficial do Toni Carreira.
Mas, preciso de um papel colorido e não o encontro. E o pior é que sei que o tenho, algures, entre fotos, nenucos e chupetas. Mas, ruim mesmo é que se não o encontrar tenho de desembolsar 300 euros por outro.
24.2.14
Renascer!
Podia estar a ver Sol de Inverno enquanto a Constança me puxa a franja. Com aquela intermitência de quem sobrevive ao primeiro dia útil da semana. Mas, agora era a hora de dizer / escrever que não pensei que fosse possível - outra vez - fazer tantas e tão boas resoluções na minha vida.
A Cátia Palhinha a cantar??? Mais depressa era despedido o Paulo Fonseca...
Tive um sonho estranhíssimo com a Cátia da Casa dos Segredos. Sonhei que a rapariga estava com um macaco amarelo justíssimo e brilhante e cantava qualquer coisa que metia um homem do gás e uma bilha. Atrás dela estavam dois fulanos aos saltos...
Acordei um pouco atordoada... se a rapariga irritava a falar, imaginem a cantar. Ele é cada uma... Ainda bem que foi só um sonho...A Cátia Palhinha a cantar??? Mais depressa era despedido o Paulo Fonseca.hh
Acordei um pouco atordoada... se a rapariga irritava a falar, imaginem a cantar. Ele é cada uma... Ainda bem que foi só um sonho...A Cátia Palhinha a cantar??? Mais depressa era despedido o Paulo Fonseca.hh
Carnaval
O Carnaval tem a sua graça se soubermos ser engraçados... vá, criativos. Eu tento. O que não quer dizer que consiga. Não gosto de comprar o fato mais barato do Continente para despachar o assunto. Estou a tratar do disfarce das miúdas e tenho a Carolina à perna, qual directora de produção.
Entretanto, vou deixando umas sugestões. E o melhor é que são disfarces tão simples de conceber. Bastou uma mente iluminada.
20.2.14
Devolvam-me o pc, por favor.
Engenheiros alemães, parceiros europeus, grandes, loiros e brutos, é possível enviarem-me o meu computador? Faz-me falta o bicho. Já não foi muito simpático da vossa parte não o terem consertado, sempre achei que além de executarem judeus fossem exímios informáticos. Mas não, o bicho continua nos cuidados intensivos e em breve juntar-me-ei na doença com um achaque qualquer.
Tenho-me desenrascado, o iPad dá jeito, mas o bicho é o bicho e acumulam-se as palavras para escrever e a próxima semana é de fecho de edição. Por isso, parem lá de fazer BMW's e devolvam-me o computador.
Tenho-me desenrascado, o iPad dá jeito, mas o bicho é o bicho e acumulam-se as palavras para escrever e a próxima semana é de fecho de edição. Por isso, parem lá de fazer BMW's e devolvam-me o computador.
As curvas da Rita Pereira
A Ritinha Pereira disse à Caras que não quer ser magra. O objectivo é ter formas e estar em forma. E eu podia jurar que não foi ela que disse isto. Mas se foi, sou obrigada a concordar. Eu não conheço uma única mulher que não gostasse de ter mamas e rabo. Nem uma! Pelo contrário, todas se lamentam e as que podem, compram umas maminhas.
Vamos ver. A Rita Pereira é gorda? Não! É boa todos os dias. Eu gostava de ser como ela, do pescoço para baixo. Não faço a menor ideia, nem me interessa, se a rapariga tem silicone no rabo ou nas mamas, mas que é boa... Isso é indiscutível.
Aconteceu que Pedro Crispim achou por bem criticar a frase ( curiosamente acertada) de Ritinha Pereira e escreveu algo como "não quer ser magra porque não consegue ser magra". E isso remete-nos para um contexto que não é real neste próprio....contexto. Dá a sensação que falamos da Percéfones de Amor à Vida e aí eu própria diria, olha agora, não quer ser magra???? Não consegue é parar de enfardar tudo o que lhe aparece à frente, mas a Rita Pereira???? A miúda troca os olhos, sempre a achei básica assim a roçar o limitado, mas que é boa, lá isso é.
Vamos ver. A Rita Pereira é gorda? Não! É boa todos os dias. Eu gostava de ser como ela, do pescoço para baixo. Não faço a menor ideia, nem me interessa, se a rapariga tem silicone no rabo ou nas mamas, mas que é boa... Isso é indiscutível.
Aconteceu que Pedro Crispim achou por bem criticar a frase ( curiosamente acertada) de Ritinha Pereira e escreveu algo como "não quer ser magra porque não consegue ser magra". E isso remete-nos para um contexto que não é real neste próprio....contexto. Dá a sensação que falamos da Percéfones de Amor à Vida e aí eu própria diria, olha agora, não quer ser magra???? Não consegue é parar de enfardar tudo o que lhe aparece à frente, mas a Rita Pereira???? A miúda troca os olhos, sempre a achei básica assim a roçar o limitado, mas que é boa, lá isso é.
As janelas da minha vida
Fiz a minha via sacra nos últimos dias. Carreguei uma cruz sem quedas nem carpideiras que não me magoou o corpo. Acorrentou-me a alma... Mas sempre soube que a liberdade era já ali e ao contrário de Cristo o meu desfecho não seria a crucificação. Outros dividiram o meu peso. Sem sorrir porque as cruzes pesam, no corpo e na alma. E podem afastar. Porque os atalhos não são sempre os mesmos.
Cumpri todas as estações. Ressuscitei sem ter de morrer. Recomecei.
E hoje ao final da manhã, percebi que a minha vida não é uma porta entreaberta, são janelas dispostas feitas oportunidade. É só ir espreitando.
Cumpri todas as estações. Ressuscitei sem ter de morrer. Recomecei.
E hoje ao final da manhã, percebi que a minha vida não é uma porta entreaberta, são janelas dispostas feitas oportunidade. É só ir espreitando.
19.2.14
Não é que tive um acidente???
Tantas vezes passei por carros virados na auto-estrada e pensei "como é que estes gajos se espetaram sozinhos?". Ontem percebi. Porque me espetei sozinha. Travei ligeiramente e a carrinha ganhou vida e virou-se ao contrário. Lá estava eu em pleno IC 29, numa curva em contramão a rezar a todos os santinhos para não aparecer um louco e me despachar de vez.
Como não sou pessoa de dramatizar e não tinha água com açúcar à mão, depois de perceber que o carro andava, virei-o ao contrário e fiz-me à estrada. Tolhida, mas fiz-me. Até tinha medo de botar o pé ao travão, mas lá fui e ontem até foi um daqueles dias que finjo ser motorista da Arriva.
E não é que o dia não podia ter acabado melhor?
Como não sou pessoa de dramatizar e não tinha água com açúcar à mão, depois de perceber que o carro andava, virei-o ao contrário e fiz-me à estrada. Tolhida, mas fiz-me. Até tinha medo de botar o pé ao travão, mas lá fui e ontem até foi um daqueles dias que finjo ser motorista da Arriva.
E não é que o dia não podia ter acabado melhor?
17.2.14
Sobre as minhas filhas
A Carolina pesa quase 26 quilos. Está apaixonada e hoje decidiu que os homens não são partilháveis. "Ele há-de se resolver, ou eu, ou ela".
Tem crises de irmã mais velha. Tudo eu! A culpa é sempre minha! Eu é que arranjo todos os problemas. Egocentrismo, é o que é.
Chora. Continua a chorar com a facilidade que ri. Hoje, lavada lágrimas, confessou-me que passou o dia a tirar as pestanas e a pedir desejos, "que a minha mãe me venha buscar feliz". Vou sempre. Porque todos os dias sou feliz. E se estiver aborrecida faço-me feliz. Para muitos será mais fácil queixarem-se do que pegar nas rédeas.
A Carolina vai fazer a primeira comunhão no dia 18 de Maio.
Lê para a irmã, mostra-lhe página por página e no final faz-lhe perguntas.
Beija-me todas as noites antes de dormir, mas cada vez menos na boca.
Todas as manhãs ocupa o espaço curto que resta entre o meu corpo e o fim da cama e enrosca-se em mim até que o telefone desperte a segunda vez.
Nada lhe falta. Ninguém lhe falta.
A Constança come a sopa sozinha. Adora pão com manteiga. Continua sem superar a adição por chocolate. Enjoa a andar de carro. Sabe que as farmácias estão sempre abertas e que lá poderá sempre encontrar chupetas. Pergunta-me se sou surda se não respondo imediatamente ao que me pergunta. Morde raramente, mas quando o faz é sempre na cabeça. Trocou de namorado. Trocou a Bela Adormecida pelo Noddy. Trocou a cama dela pela minha. Há pouco perguntei-lhe se gostava da mana. "Adoro-a", respondeu-me.
Gosta de massa, arroz, gemas de ovo, carninha e de Pedro Abrunhosa. Gostam as duas, aliás.
Nada lhe falta. Ninguém lhe falta.
*dois meses de ausência é pouco tempo no vagar de um velho. Na pressa de uma criança é a diferença entre gostar e esquecer. Tenho para mim que já não se lembram.
Tem crises de irmã mais velha. Tudo eu! A culpa é sempre minha! Eu é que arranjo todos os problemas. Egocentrismo, é o que é.
Chora. Continua a chorar com a facilidade que ri. Hoje, lavada lágrimas, confessou-me que passou o dia a tirar as pestanas e a pedir desejos, "que a minha mãe me venha buscar feliz". Vou sempre. Porque todos os dias sou feliz. E se estiver aborrecida faço-me feliz. Para muitos será mais fácil queixarem-se do que pegar nas rédeas.
A Carolina vai fazer a primeira comunhão no dia 18 de Maio.
Lê para a irmã, mostra-lhe página por página e no final faz-lhe perguntas.
Beija-me todas as noites antes de dormir, mas cada vez menos na boca.
Todas as manhãs ocupa o espaço curto que resta entre o meu corpo e o fim da cama e enrosca-se em mim até que o telefone desperte a segunda vez.
Nada lhe falta. Ninguém lhe falta.
A Constança come a sopa sozinha. Adora pão com manteiga. Continua sem superar a adição por chocolate. Enjoa a andar de carro. Sabe que as farmácias estão sempre abertas e que lá poderá sempre encontrar chupetas. Pergunta-me se sou surda se não respondo imediatamente ao que me pergunta. Morde raramente, mas quando o faz é sempre na cabeça. Trocou de namorado. Trocou a Bela Adormecida pelo Noddy. Trocou a cama dela pela minha. Há pouco perguntei-lhe se gostava da mana. "Adoro-a", respondeu-me.
Gosta de massa, arroz, gemas de ovo, carninha e de Pedro Abrunhosa. Gostam as duas, aliás.
Nada lhe falta. Ninguém lhe falta.
*dois meses de ausência é pouco tempo no vagar de um velho. Na pressa de uma criança é a diferença entre gostar e esquecer. Tenho para mim que já não se lembram.
16.2.14
A minha condução
Contava com o sol, não contava com a mudança, ainda que a quisesse. E queria que se desse rápido. Rápida e definitivamente. Não é definitiva ainda, mas há-de ser. Rápido, há-de ser. E do alto de um palanque vou observar reacções surpreendidas, a minha incluída, contemplando trajectos de independência entre manobras arriscadas. Do alto.
15.2.14
Vende-se cabelo
Estiquei o cabelo ontem à noite depois de o lavar. Demorei mais de duas horas. Deitei-me. Quando acordei parecia um leão depois de um mergulho no mar vermelho. Voltei a esticar o cabelo. Demorei mais de uma hora e meia e não ficou lá grande coisa. Reparei agora que tenho um calo no dedo de esticar o cabelo e talvez seja uma altura propicia para comercializá-lo. Não é virgem como o indiano, mas é ruivo, natural.
14.2.14
As paredes têm ouvidos?
Uma das maravilhas das crianças é a capacidade que têm de acreditar. Se lhes dizemos que na Páscoa há coelhos concebem facilmente a hipótese de um coelho lhes bater à porta. Eu, por exemplo, para combater o vício da chupeta das minhas filhas costumo usar a ameaça que uma coelha qualquer vai levá-las confundindo-as com uma cria. Usei com a Carolina. Uso, hoje em dia, com a Constança. A mais velha não podia ver decoração de Páscoa com medo que o bicho ganhasse vida, a agarrasse por um braço e a levasse para a horta.
Ultimamente tenho-me debatido em explicar a expressão "as paredes têm ouvidos". Como é que eu explico isto a uma criança de quase quatro anos?
Descobriu a expressão num filme da Disney e apareceu admiradíssima ao pé de mim, "mamã as paredes têm ouvidos?". Foi numa manhã, já atrasadas para sairmos de casa. Não valorizei a pergunta, achei que em breve se esquecesse e respondi algo do gênero, "têm, vamos lá despachar-nos para não chegarmos atrasadas". E ficou por ali.
Uns dias depois, após deixarmos a Carolina na escola, insistiu, "as paredes do carro também têm ouvidos?". Sorri. Respondi-lhe que não, no carro não corríamos o risco de nos ouvirem.
Esta semana, quase a chegarmos ao colégio voltou a reflectir no assunto, " achas que as paredes do colégio têm ouvidos?".
Achei melhor dizer-lhe que não. Não quero imaginar a minha filha olhar de esguelha para as paredes enquanto imagina uma orelha gigante, ainda começa a ter pesadelos com paredes. Mas não acredito que fique por aqui.
Ultimamente tenho-me debatido em explicar a expressão "as paredes têm ouvidos". Como é que eu explico isto a uma criança de quase quatro anos?
Descobriu a expressão num filme da Disney e apareceu admiradíssima ao pé de mim, "mamã as paredes têm ouvidos?". Foi numa manhã, já atrasadas para sairmos de casa. Não valorizei a pergunta, achei que em breve se esquecesse e respondi algo do gênero, "têm, vamos lá despachar-nos para não chegarmos atrasadas". E ficou por ali.
Uns dias depois, após deixarmos a Carolina na escola, insistiu, "as paredes do carro também têm ouvidos?". Sorri. Respondi-lhe que não, no carro não corríamos o risco de nos ouvirem.
Esta semana, quase a chegarmos ao colégio voltou a reflectir no assunto, " achas que as paredes do colégio têm ouvidos?".
Achei melhor dizer-lhe que não. Não quero imaginar a minha filha olhar de esguelha para as paredes enquanto imagina uma orelha gigante, ainda começa a ter pesadelos com paredes. Mas não acredito que fique por aqui.
11.2.14
Nós por cá... Na semana do amor.
O meu computador está na Alemanha. Avariou. Ou demos-lhe cabo do disco. Estou sem pc e o pc ficará sem conteúdo. Pois que é assim.
Diz que o Sporting perdeu. Que vai chover até ao final de semana, nevar no sábado e que no domingo vem sol.
Começa a ser insustentável educar/ disciplinar/assegurar a gestão familiar entre tanta água. Casa, escola, casa num ritmo saturante. Meias calças, interiores, kispos, pés molhados, humidade na cozinha.
Sexta é o dia dos namorados e eu acho o dia dos namorados muito fatela. Traumatizou-me em tempos a noite de S. Valentim. Só tem graça se for pretexto para presente. Já pedi uns sapatos.
Entretanto, a maior achou pertinente a pergunta " mãe sexta vamos jantar fora?". Porque raio é havíamos de ir jantar fora??? "Porque é o dia dos namorados!".
Alguém anda a distorcer o conceito de casal.
Diz que o Sporting perdeu. Que vai chover até ao final de semana, nevar no sábado e que no domingo vem sol.
Começa a ser insustentável educar/ disciplinar/assegurar a gestão familiar entre tanta água. Casa, escola, casa num ritmo saturante. Meias calças, interiores, kispos, pés molhados, humidade na cozinha.
Sexta é o dia dos namorados e eu acho o dia dos namorados muito fatela. Traumatizou-me em tempos a noite de S. Valentim. Só tem graça se for pretexto para presente. Já pedi uns sapatos.
Entretanto, a maior achou pertinente a pergunta " mãe sexta vamos jantar fora?". Porque raio é havíamos de ir jantar fora??? "Porque é o dia dos namorados!".
Alguém anda a distorcer o conceito de casal.
10.2.14
Carolina, o que contas do 3º ano?
Que a adolescência é um estado cada vez mais precoce, física e intelectualmente. Que absorves informação sem filtro. Permeável a tudo que ouves mesmo quando finges que estás nem aí. Que gostas cada vez menos de vestidos e tangas. E cada vez mais de sapatilhas e de te olhares ao espalho de rabo empinado.
Que em pouco tempo deixarás de me confiar tudo. E que hoje me pediste 100 euros de mesada.
Escreves melhor. E hoje tiveste zero erros no ditado. Conheces o presidente da república, o primeiro ministro e o presidente do Vitória porque recortaste a entrevista que lhe fiz e a levaste orgulhosamente para a escola.
Tens mais paciência para a tua irmã e menos para mim e para a tua avó.
És inflexível. Antes quebrar que torcer. Persistente embora te acuse de seres chata. É persistência e eu orgulho-me.
Mas e o 3º ano? É isso tudo que dizem? O bicho papão do ensino básico? Acessível apenas às mentes mais brilhantes ou aos audazes e empenhados, estudiosos incansáveis indiferentes às malabarices do Bieber.
Assim será porque os percentuais estão mais longe dos 100 e mais próximos dos 90. Mas tens-te safado miúda.
7.2.14
Praxes?
Terá isto alguma coisa a ver com as tão debatidas praxes académicas?
Na....O puto não tem idade para isso... Estará pela creche ainda.... Se bem que.... depois de ouvirmos a brilhante e descabida (pode ser brilhante e descabida, certo? Uma coisa não invalida a outra) intervenção da universitária no Prós e Contras sobre o absinto usado nas praxes aos jornalistas.... tenho para mim que não tarda já se praxarão bebés...?
Com o Camilo Lourenço...
Ontem passei quase três horas com o Camilo Lourenço. Confirma-se que o homem fala "economês" e às tantas é possível entender-se alguma coisa de finanças públicas e pessoais. Infelizmente. Porque ele ia falando e eu encolhendo-me. Se lá houvesse uma toquinha de coelho enfiava-me.
"Acham normal ter três televisões em casa?", questionava. E eu encolhia-me. "Então e justificasse usar o carro quando vivemos numa cidade servidos por transportes públicos?". E eu? Encolhia-me. "Há muitos amigos que me dizem que não levam os filhos ao supermercado porque eles querem tudo. Eu faço questão de levar os meus filhos ao supermercado para eles terem noção do valor das coisas". E eu? Tinha praticamente desaparecido da cadeira.
Crise? De valores...
Quando perdemos e refiro-me a perdas que doem, não um pneu que fura, um portão que avaria, o dente da frente que cai, a gigantesca conta da luz, a subida da Euribor, o ar condicionado em curto circuito... Perdas reais. É disso que falo. Quando a gente que gostas adoece e morre. E passas a viver como se eles nunca tivessem existido fora da tua memória porque esse tempo (outrora real) é tão deleitoso que chega a ser comparável a uma vida no jardim do éden, entre árvores, flores, frutos saborosos e um ferrari para conduzir.
E assim se perde o fio da meada... Adiante, quando perdemos (insisto, perdemos a doer) aprendemos a relativizar as queixas. Preferencialmente devíamos parar de nos queixar e já agora de utilizar amiúde a expressão tão portuguesa do "vai-se andando" e ultimamente a gasta justificação para todos os males, "é a crise". Qual crise? A crise não vai impedir as minhas filhas de crescerem. De se beijarem e de puxarem os cabelos. Não evitará abraços. Ou partilha. E essa tanga da crise despontar oportunidades pode bem ter sustentação.
6.2.14
A boazona e magra Alexandra
Como sempre muito pertinente a nossa querida Alexandra. Olha agora, onde é que se admite milhões de portugueses acharem que está gorda??? Como é que é possível? Milhões de portugueses cegos é o que é... A rapariga é boa nas horas. Linda. Com o corpo tonificado. Calma, deixem-me pegar nas palavras dela, com um "excelente volume muscular". Sabem lá o que isso é suas invejosas...
É linda e pronto, mesmo quando aparece a chorar no confessionário com as pestanas a descolarem e tão inchada que parece ter os diabetes a 1000.
Falaram no rabo da rapariga porquê? Tão pequenino e discreto. A ideia é aumentá-lo. Ela é que sabe. Metam-se na sua vida. Deixa cá citá-la outra vez, "quanto maior melhor". Vejam a Rihanna, a Kardashian, a Amber Rose... Tens razão Alexandra, eu vou só acrescentar a Miss Bumbum, ok?
Quem é que não quer um rabo assim?
(vá recolham os braços no ar, a miúda precisa de apoio. Chega de linchamento).
5.2.14
O big brother da vida
Enquanto terminava de tomar o meu pequeno almoço, que sou menina de despender cerca de 45 minutos para o efeito, sentou- se ao lado um casal. Entraram em amena cavaqueira a falar do inferno de Dante. O senhor pega no Correio da Manhã e enquanto se senta desabafa, "oh pá a tragédia do Meco...". A mulher diante de si questiona, "mas aconteceu alguma coisa lá?". E isso fixou- me a atenção. "Aquela história com os estudantes. Não vês as notícias?", perguntou, quase indignado. "Não tenho tempo para ver notícias. Mas morreram foi?".
Por esta altura eu já a olhava de olhos arregalados e queixo caído. A senhora com o cabelo desgrenhado, um borrão preto por cima dos olhos que resultou do tremelique da mão enquanto passava o lápis e sapatos mal aprumados não tem tempo para ver notícias. Estou curiosa com os afazeres desta senhora.
Por esta altura eu já a olhava de olhos arregalados e queixo caído. A senhora com o cabelo desgrenhado, um borrão preto por cima dos olhos que resultou do tremelique da mão enquanto passava o lápis e sapatos mal aprumados não tem tempo para ver notícias. Estou curiosa com os afazeres desta senhora.
3.2.14
Seja infinito...enquanto dure.
Como é que uma pessoa pode pegar assim num casal famoso e pensar estes gajos também se amam. Estão juntos há 9 anos, são lindos, bem sucedidos, reproduzem-se e têm um golden. Vai-se a ver e pumba. Já foram.
Próximos?
2.2.14
Bó.
Haverá cá em cima quem lhes chame vó. Eu nunca chamei. Foi sempre "bó" e só depois de entrar para a escola é que entendi que se escrevia com o v de vaca e de veado.
O bó - cá de cima - é mais pujante, como de resto, todo o resto. Porque o nosso b - ou pelo menos, o meu - encerra em si, tantas outras palavras. B, de cuidar. B de levar à escola. B de adormecer. B de alimentar. B de mãe, também...mãe a dobrar. B, de força. B de exemplo. B de presente.
Naquele Domingo, há cinco anos atrás, a manhã estava assim. Não havia sol. Havia nuvens.
Vesti de preto, passei um creme e apanhei o cabelo. E assim me viste a última vez. De preto, porque de preto me deixaste. Mas viste-me o rosto, sem base, coberto de sardas. Os olhos denegridos pelas noites de sono sobressaltado por saber-te ausente da tua cama. Por ter-te doente. E na tua idade, já não podias adoecer.
Deixei-te essa imagem. Com palavras. Beijos. E a minha mão nas tuas rugas. Esperei que fechasses os olhos. Serenamente, como quem adormece entregue aos seus.
"Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?"
Subscrever:
Mensagens (Atom)