Assim escreveu um anónimo(a) (tenho para mim que foi mulher claro) neste post.
"Sigo o seu blog. Para uma mae tão gira a roupa das miúdas é um susto. Mau gosto. Vesturaio inapropriado para a idade".
O bom gosto não depende de carinhas larocas. A associação entre "mãe gira" e "mau gosto" é infeliz. Mas não é disso que se trata. Só discute bom gosto quem tem mau gosto.
Deixe-me dizer-lhe que a roupa das minhas filhas não é feita em costureira, logo não copio modelos de adultos para serem confeccionados em tamanhos infantis. Poderia fazê-lo, mas não faço. O vestuário das minhas filhas não é inapropriado para a idade. O vestuário das minhas filhas só não lhe agrada a si. A si e seguramente a tantas outras pessoas que não gostam de ver as crianças produzidas ou se preferir - e assumo sem qualquer embaraço - enfeitadas como árvores de Natal.
A mim também me incomodam aquelas crianças que vão todos os dias de jeans para o colégio sem um gancho no cabelo e o mínimo de brio na escolha da roupa. Vejo claramente que aquela mãe abriu o roupeiro 10 minutos antes de sair de casa. Nada contra. Mas eu não sou assim. Nem comigo. Menos ainda com elas.
Gosto de roupa italiana. Pudesse eu e as minhas filhas só teriam roupa italiana e nem vou nomear as marcas que normalmente vestem tampouco o valor médio de uma saia. Porque não é de dinheiro que se trata.
Não lhe interessará também saber que perdi a conta às vezes que me abordaram e perguntaram onde comprei este vestido ou aqueles sapatos.
Mas, deixe-me dizer-lhe que o tema que levantou é pertinente e todas as opiniões discutíveis. Na minha opinião há uma palavra essencial e é cuidado. A criança pode usar uns jeans, uma tshirt e uns ténis e estar perfeita, desde que a mãe não se tenha desleixado.
É tudo uma questão de estilo e é inevitável transportarmos para os nossos filhos o nosso próprio estilo, pelo menos enquanto que eles deixarem.
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