31.5.12

Notícias

Às vezes (muitas vezes) em Guimarães não há notícias. Notícias que valham a pena e mereçam ser destacadas.
Os jornais regionais alimentam-se essencialmente com as reuniões camarárias que consomem muitos caracteres e ocupam muitas páginas. São as politiquíces.
É por isso que eu sou pela reportagem. Pela investigação. Pelas histórias. Que vendem- e são lidas - mais do que o murro na mesa do Magalhães em resposta ao membro da oposição enquanto votavam uma proposta de iluminação pública.
As não notícias que chegam como press- release, por fax (sim, ainda) e por email, muitas vezes abrem noticiários. Num torneio de chincalhão põe-se o organizador a falar. Na procissão das velas, ouve-se o padre. Não porque sejamos jornalistas rigorosos. Mas, por pura e descarada preguiça. É tão fácil pegar no telefone sem sair da secretária e gravar uma declaração. E tão frustrante, também.
Quando há acusações mútuas e trocas de palavras, claro que tenho o cuidado de ouvir as partes envolvidas. Caso contrário, as minhas histórias têm apenas um protagonista. Ainda mais quando me contacta. Se comprovo a pertinência de uma reportagem tenho de acreditar no que me diz se o seu discurso se encaixa no que vejo.
Eu costumo dizer que a verdade é apenas uma. As versões serão incontáveis.
E agora lá vou eu à procura dela.

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