16.6.12

A festa




A Carolina frequenta uma escola pública num bairro... curioso; engraçado; divertido, com muita gente dentro.
É uma escola que pertence a um agrupamento onde estudei no 7º, 8º e 9º anos. Foram anos queridos da minha vida e o actual director do conselho executivo foi meu professor de ciências.
Pela escola da Carolina já passaram a minha afilhada e um rol alargado de familiares. Eu nunca lá estudei.
No bairro, onde se localiza a escola, tenho cinco casas e tios em todas elas.
Brinquei naquelas ruas, caí naquelas escadas, comi pão com manteiga, à pressa enquanto saltava ao eixo.
É uma escola recente ou em rigor, é uma escola requalificada recentemente. Outros lá concluíram o ensino básico em contentores.
A minha filha tem aquecimento central, cantina, ringue desportivo, polivalente que se tornou pequeno para todos os que quiseram assistir à festa.. Os que lá têm crianças e os do bairro que também tomam aquela comunidade escolar como sua. Não há um rosto que se desconheça.
Aquela gente acerta o relógio pela campainha da escola.
Os velhos sentam-se nos bancos às 10.30 para verem as crianças brincarem, correrem com pressa em contraste com o vagar dos seus dias.
A festa, hoje, foi dos meninos e da gente que ocupou a cadeira dos pais, que aplaudiu, que abriu as janelas para disfarçar a temperatura elevada.
Naquela escola todos os meninos terminaram o ano com aproveitamento.
Na parte que me toca, mais uma vez enchi-me de orgulho pelo desempenho da minha grande. Dança com tanta seriedade que não admite um falha. Zanga-se com os que se enganam ou encaram a actuação com leviandade.
Os finalistas despediram-se, de capa e cartola. Entre muitas lágrimas e presentes.
E a minha Kiki está de férias.

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