27.7.12

Nham...Nham...


Já ouvi algumas vezes a expressão "a última coca-cola do deserto" para classificar algo de raro. Ou de bom.
Nunca ouvi a "melhor bolacha do pacote", até hoje. Mas não me soa bem. Quem a inventou teve uma ideia peregrina. Tola, mesmo. Ao menos que dissesse a "última bolacha do pacote", tipo, aquela que resta e todos querem deitar o dente, mas ninguém tem coragem.
À parte disto há outro adjectivo que me intriga: "estranho".  Quando o uso é, normalmente, para classificar algo que não sei dizer. "É estranho como ele me faz sentir". Ou "é estranho o efeito que as tuas palavras têm em mim". Ou, "é estranho sentir inveja de quem não conheço"... Talvez, "é estranho perder o meu tempo a falar mal de alguém na blogosfera, especialmente de alguém que me dou ao trabalho de ler", ou "é estranho ser Verão e não ter amigos que me convidem para ir à praia e resta-me vir para a Net destilar veneno". And so on... Nunca mais acabava.
Vai daí, optei por me sustentar em critérios científicos e procurei o dicionário para entender se a minha interpretação de "estranho" estava correcta.
Eis a definição:


estranho | adj. | s. m. | s. m. pl.
1ª pess. sing. pres. ind. de estranhar

Entre muitos exemplos, como estrangeiro ou desconhecido, alheio ou singular, diz o dicionário que estranho pode ser também algo de "extraordinário". E neste contexto, entendo-a, anónima, quando diz "a melhor bolacha do pacote".


Mas, discordo totalmente. Não tenho nada de extraordinário. As duas gravidezes deixaram-me com estrias na barriga, as mamas caídas e murchas e a anca ligeiramente larga. Os meus dedos dos pés são feios e gordos. Tenho uma meia dúzia de cicatrizes que resultam de uma infância livre e feliz. Não faço mais de 50 quilómetros sem vomitar o que é uma chatice nas viagens longas. E sempre que vomito urino-me. 
De resto, como a anónima, faço xi-xi e cocó (o que não tem nada de estranho), lavo a cara e os dentes. Ah, o cabelo também... Uso champô, máscara, gotas para hidratar, protector solar e um desembaraçador no Verão. E mesmo que não usasse nada disso, tive a sorte de nascer com um bom cabelo (herança genética). Toda a gente o gaba e chega a duvidar da sua cor natural. 
Talvez só isso seja "estranho".

7 comentários:

  1. Conta-me tudo... Quem é a invejosa?

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  2. Mesmo não sabendo do que se trata não posso deixar de dizer que não entendo pessoas que frequentam blogues para dizer mal...
    Se o conteúdo não lhes interessa, se não se revêm em nada na autora, têm uma solução simples. Não voltam!!!

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  3. Quem tem um espaço aberto como um blogue tem que se sujeitar ao lado bom e ao lado mau...
    Há os que gostam e os que não gostam...

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  4. Exactamente, os que gostam leem, tornam-se seguidores e podem discordar do que quiserem. Os que não gostam não têm porque ler. Isso é maldade e inveja pura. É dizer mal gratuitamente de quem não conhecem. E tantas vezes são comentários nojentos e despropositados.

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  5. Seja o que for, gostei da resposta. Bem ao teu jeito...

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  6. Alguém escusava de dormir com esta...
    Lá está, não sei o que disse (mas gostava de saber)mas quem diz o que quer... Ana

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