Na verdade, não foi a mim. Foi à minha mãe.
Não foi uma quantia simbólica como aquela que discretamente levaram no último Natal. Foi um valor alto, pesado, que chegava para pagar umas férias.
Fizeram-no escandalosamente. Sem pudor. Sem vergonha.
Tomamos um susto quando demos pelo assalto. Apresentamos queixa à "autoridade" que partilhou da nossa indignação. Solidarizou-se.
Resignámo-nos e nas horas seguintes esquecemos o assalto.
Dane-se, foi só dinheiro.
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