30.11.12

Pinheiro

Pinheiro com chuva é literalmente um balde de água fria. No corpo e nas caixas.
Convida a alguma criatividade para cobrir as peles e mais agasalho para aquecer, além do álcool.
Quando se é jovem a chuva é apenas um contratempo que se assemelha a uma castanha podre que encontraste nos rojões.
Quando, como eu, se vai ao Pinheiro, com crianças, a chuva fode-te a noite.
Teimas em ir, até porque a mais velha está irredutível, de caixa às costas. E porque é tradição. É o Pinheiro! Tens que ir, nem que seja só para o ver na sua extensão de símbolo de virilidade. Nem que se seja só para ver os bois. Ou ouvir o rufar afinado das caixas.
E vais. Nem que lá fiques menos de meia hora.
A chuva aumentou de intensidade. Aos mãos da Constança eram um cubo de gelo. O pêlo da minha estola escorria.
Ordem de marcha para o aconchego do lar.







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