Estou farta das crianças em casa, em modo permanente.
Sinto-me vigiada. Perseguida. Engolida. Há sempre uma criatura por perto.
- O que estás a fazer?
- O que vais fazer?
- O que vais escrever?
- Posso te medir a tensão?
- Posso ver se tens febre?
- Podes me fazer uma torradinha...
- E um chá...?
- Importas-te de escolher uma roupa para a minha filha usar amanhã?
- Posso ir de calças?
- E eu de sapatilhas?
And so on...
As miúdas andam com as horas trocadas. Tem manhãs que acordam às 10. E noites que adormecem à meia noite.
A Constança devia estar a dormir, mas está a pintar as unhas da Pipa.
Eu devia estar vestida, a trabalhar, a estrear roupa, mas estou de calças de pijama e chinelos de quarto.
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