2.12.12

Homem doente...


Tocaram à campainha. Estávamos as três na garagem que está assim feita uma espécie de quarto secreto, tamanha é a bagunça. A qualquer momento podemos encontrar a lâmpada de Aladino e pedir um desejo.
A Carolina olhou pela câmara.
 - É o papá!
 - Abre.
 - Ele está estranho...
 - Abre a porta Carolina está frio!
 - Não vais gostar de o ver mãe. Vem com o equipamento vestido...
Fui eu mesma abrir a porta.
Ele entrou, equipado, a escorrer sangue da perna, com o olho negro e o ombro ligado.
Contei até três, respirei fundo e fechei os olhos num ar de...resignação.
 - Outra vez pai??? - perguntou a Carolina enquanto lhe pegava no pulso para ver a pulseira do hospital.
 - Ai, ai, ui,ui...Não toques... Ai que não posso respirar...
 E para completar o que comecei, homem doente, homem para sempre.

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