Mas por este blusão ia na Rodonorte até Vila Real |
No meu espaço preferido garantiram-me mesa em meia hora. Não esperei.
Optei por outro concelho. No primeiro restaurante, a gerência teve a amabilidade de fixar uma folha A4 na porta onde se podia ler "lotação esgotada".
No segundo, o espaço também era escasso para duas almas - uma mais faminta que outra.
No terceiro, idem.
Liguei para o meu espaço preferido. Garantiram-me mesa em 10 minutos. Os minutos que precisava para lá chegar.
O carro em segunda fila. O iphone sem bateria. O decote indiscreto. A estola sempre no chão.
Mesas enfileiradas de grupos. Separados por género. Ora homens. Ora mulheres. E um casal, confuso na hora de pagar a conta. O gelo como antítese ao vermelho quente das faces. A nota de 50 que ele tirou da carteira e a nota de 20 que ela não precisou insistir para que ele aceitasse.
As mulheres tinham cabelos arranjados. Ainda estáticos do secador. Tinham os olhos sujos do rimel porque a última vez que se maquilharam foi no casamento da segunda prima da parte do pai.
Tropeçavam no salto, modesto, de pouco mais de 5 centímetros e cacarejavam...cacarejavam...cacarejavam...
Vestiam dourado. E o dourado não lhes ficava bem. O dourado matava-as.
Malhem-me o quanto quiserem, mas coisa que não me agrada são mais de 6 mulheres juntas num espaço público.
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