Gostavas dele. Com uma necessidade maior que a minha. E no meu ego cabe o mundo.
Quiseste-o daquele modo de quem quer o que julga ser perfeito. Mesmo que nem sempre te ligasse. Ou te respondesse às mensagens.
Aceitaste partilhá-lo numa batalha desigual que sabias ser impossível de vencer. E nem era pelo filho. Era pela loucura. Pelo vício da solidão que ele tinha agarrada na pele. Nunca te quis por inteiro. Nunca te quis sempre. Nem perto. E tantas vezes longe.
A tua necessidade era maior do que a dele. E do que a minha.
Mas, o meu ego é tão grande.
Se posso ter tudo...não vou querer metade.
Aquele fogo que te aquece, às vezes queima.
O fogo sempre queima (ainda que loucos seríamos se não o fossemos).
Às tantas, dás por ti inclinada a seguir o caminho mais fácil... a deitar água no fogo. E esperar que apague.
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