29.11.13

Isto de falar à bebé irrita-me para caraças...

Não sei se tenho ou não razão. Tampouco me interessa. É daquelas situações em que me permito abusar do poder, de mãe, que legitimamente me pertence.
Hoje, a chegada ao colégio coincidiu com a de outra criança da sala da Constança, cuja mãe com evidente sobrepeso e cheiro a baunilha - que se torna secundário perante o sintético dos chineses e a tromba impenetrável que não depende do humor matinal - respondia à miúda que não sei o quê tinha ficado no popó. E no percurso até à sala referiu-se ao carro, uma data de vezes, como o popó.
Reconheço que não acordei com o bom humor do Pinheiro. A minha pequena grunhiu toda a noite. Mas, dei por mim num impulso (que controlei) de lhe dizer: amiga tem quê? 21, 22 anos? Menos? Então está mais que na hora de iniciar um regime alimentar e caminhar no parque. A seguir mude essa fronha, diga bom dia às pessoas, sorria e chame as coisas pelos nomes. Popó???? A sua filha tem 3 anos! O cão é o quê??? O auau??? E ao jantar serve-lhe chichinha? Fique a senhora a saber que a minha filha com a mesma idade chama papamóvel ao carro do Papa".



1 comentário:

  1. Uau! Ficaria tão feliz se todas as mães pensassem assim!
    À minha filha nunca permiti falar à bebé, as coisas têm nomes e por complicados que sejam devem ser nomeadas por eles.
    Estou a acabar uma avaliação de uma criança de 5 anos que utiliza esse tipo de linguagem. A mãe não vai ficar muito satisfeita mas terei que mencionar o inaceitável de uma criança de 5 anos falar à bébé.

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