4.3.14

Manhã de Carnaval

Bora vestir pela ultima vez as miúdas de índias. A mais velha toda esticada, roxa a bater o dente. No pequeno almoço a revolta porque só um bebê de colo estava disfarçado de coelho.
Como de costume a Constança agarra-se ao iPad e ninguém a ouve durante os 40 minutos que nos leva a refeição matinal. Mas hoje, alguém (uma ordinária de calças de pele e apliques dourados de cabelo amarelo) decidiu reclamar do barulho da Estefânia da Vila Moleza e chamou o funcionário - o meu querido João de todos os dias - na tentativa de me escorraçar do café com multa e porventura uma indemnização por tê-la exposto a tamanha poluição sonora. Claro que o meu querido João lhe encolheu os ombros, mas a loira pindérica e cintilante mudou de mesa. Afastou-se mais de 5 metros, mas ouvidos sensíveis da gaja que mesmo assim não se inibiu de me chamar atenção e pedir que baixasse o volume.
Eu pedi uma água, peguei no xanax que trago sempre comigo, aproximei-me e disse-lhe, "têm aqui uma água e um ansiolítico. Tome e descontraia".

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