2.6.14

Yeap, a Constança ainda usa chupeta

Pertinentemente, uma anónima notou que a Constança ainda usa chupeta. E antes de lhe falar sobre isso, deixe-me dizer-lhe que se costuma vir ao estaminé saberá que não tenho por hábito crucificar ninguém. Pelo contrário, gosto de discutir temas - pertinentes como a chupeta - e naturalmente que o seu comentário seria aceite.
Bom, a Constança é uma grande viciada. Não concordo que esteja já na idade de considerar o hábito feio, mas reconheço que tomara eu que há muito tivesse largado a chupeta. Ainda assim, não perdi nenhuma hora de sono por causa disso.
A Constança começou a frequentar o colégio com menos de 1 ano. Entrou em Setembro e no Natal já não usava chupeta. Nem para dormir. Ou seja, a Constança passa cerca de 7 horas sem chupeta, mas a primeira coisa que faz quando chega ao carro é pôr a chupeta na boca. Em casa, depende do que estiver a fazer. Acontece passar horas sem se lembrar da dita cuja ou entrar em pânico quando se apercebe que não a tem na boca.
Devo dizer-lhe que a minha filha mais velha também era viciada e largou a chupeta mais ou menos por esta idade (quatro anos). A boa notícia é que sobrevivieu e também não precisou de psicólogo.
A gota de água foi uma birra em pleno pequeno almoço porque esta mãe desnaturada se esqueceu da chupeta. Naquele momento pensei é agora ou nunca e lembrei-me de um conselho dado por uma mãe mais velha. Se com ela tinha resultado, propus-me tentar.
Comprei na farmácia mais próxima aquele verniz horrível que se coloca nas unhas para não as roer e pincelei as centenas de chupetas espelhadas pela casa. Aquela porcaria sabe tão mal que a primeira vez que a Carolina meteu a chupeta na boca foi a correr deitar fora todas as outras.
Passou a noite a choramingar sem a chupeta, mas resultou.
Confesso que estou naquela fase do vai não vai e só ainda não fiz o mesmo com a Constança porque a miúda tem muito mau feitio e vai-me enfernizar a vida sem chupeta, a modos que trata-se apenas de comodismo. Não me sinto, já, com a paciência suficiente para dar esse passo. Mas, uma coisa é certa não passa deste Verão.
Deixe-me apenas concluir dizendo-lhe que clinicamente falando não é recomendável exercermos pressão para que larguem a chupeta ou a fralda. Forçar, ameaçar, envergonhar, é pior do que o hábito em si.

4 comentários:

  1. Não tenho e nunca tive por hábito forçar,ameaçar, e muito menos envergonhar ninguém muito menos os meus filhos. Apenas lhes disse "que o gato tinha levado a chucha". E pronto, resultou. O mais engraçado é que nunca houve gatos cá por casa.
    Orgulho-me de ter criado dois filhos saudáveis e educados-
    Cada um educa os filhos da maneira que quer. Pessoalmente não gosto de ver crianças a partir de uma certa idade de chucha e de fralda. E quando já estão cinzentas por não serem lavadas ainda pior. Foram hábitos que não incuti nos meus filhos e não me arrependo nada por isso.
    IM

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  2. Eu não disse que resolveu a situação recorrendo a esses métodos, mas saberá tão bem como eu que há mães que vivem obcecadas. Porque o bebé não sentou com seis meses, não disse olá com 10, não andou com 12 e por aí fora.
    Partilhei a minha experiência.
    Adopto uma postura tranquila e de respeito para com os hábitos e as necessidades das minhas filhas (que têm uma diferença de cinco anos). E em jeito de curiosidade deixe-me dizer-lhe que com dois anos a Constança largou a fralda. Nunca- é nunca é mesmo nunca- aconteceu um "acidente". De tal modo surpreendente que a própria educadora, profissional com muitos anos de serviço, partilhou a sua admiração. No entanto, tenho-me debatido para que largue a fralda durante a noite.
    É como eu digo, tranquilamente e com paciência.

    ;-)

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    1. É como lhe disse, cada um educa à sua maneira. São apenas pontos de vista diferentes e diferentes maneiras de pensar. Por aquilo que vi, acho que tenho idade para ser sua mãe. É então natural que pensemos de modo diferente. Não quer isto dizer que a minha maneira de estar seja melhor ou pior do que a sua.
      Nunca vivi obcecada e quando tinha uma dúvida lembrava-me da minha avó que criou dezenas de crianças e o que teria ela feito naquela situação. Nunca acordei os meus filhos para comer. A minha avó dizia que se as crianças estavam a dormir é porque estavam bem. No entanto existem mães com um relógio que toca a cada três horas para darem de comer aos bébés.
      Por isso o mundo em que vivemos é tão heterogéneo.
      Felicidades para as meninas

      IM

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  3. Eu vivia obcecada pelo meu filho não largar a fralda, foi o último do infantário! Cheguei a levá-lo a dois pediatras e ambos disseram para respeitar o tempo dele, que cada criança é única, para não cedermos a comparações.
    Por isso concordo em absoluto com a Menina das Sardas, a sei tempo ela vai largar a chupeta.

    Beijinhos

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