25.9.14

O maravilhoso mundo dos agudos femininos.


A casa parece um lugar melhor ao final da tarde. Naquele momento em que te descalças, te despes e te permites umas gotas de água no rosto. Ajeitas a almofada no sofá e desejas 45 minutos de estado vegetativo. Enquanto, as tuas crianças, cansadas de um desgastante dia de pedagogia e divertimento, se entretêm num mundo encantado de princesas (a menor) e na rede social azul (a maior). Chegas a suspirar, de tranquilidade e gratidão. Até as duas - até ali perfeitas na sua individualidade - decidirem partilhar brincadeiras. A maior viaja até à floresta da princesa Aurora, banca a stylist e quer decidir os seus trapinhos. A menor não gosta do seu autoritarismo. E grita. Grita. Ela tem um agudo senhoras e já percebeu o poder daquele aparelho vocal tantas são as vezes que o usa. Ontem dei comigo a pensar em como será tão mais tranquila - e silenciosa - uma casa com crianças do sexo masculino. Sem agudos. Sem a Violetta aos berros no pc.
Enfim, rapidamente percebi que só teria sossego quando as pusesse, às duas, a dormir.

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