9.10.14
A sopa da minha avó
Não foi preciso a minha avó morrer para deixar de comer sopa. Anos antes, quando se rendeu à velhice, não voltou a cozinhar nem partilhou com ninguém o segredo da sua sopa.
A minha preferida era a branca. De batata, água, azeite e arroz. Pouco consistente, mas aconchegante, de fácil digestão.
Como as minhas filhas, fui uma criança alimentada a sopa. Aliciaram-me com colheres de açúcar. Repeti o truque, com a Carolina, quando se recusava a comer. Tomou-lhe o gosto. Não há dia que não coma duas sopas. Gosta delas verdurentas, com feijão.
Se puder, a Constança evita-a. Sai ao pai. É pelo presigo, com carne e massa, de preferência.
A sopa voltou à nossa dieta como elemento obrigatório e essencial.
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