2.1.15

Não gosto de Janeiro.


É um mês que pesa. Disfarça-se de recomeço, mas não é. Janeiro é continuidade. Muda um número e ainda assim, quantas vezes insistimos no 4 a escrever a data ou a assinar um cheque?
Não ajudará a carga que o Janeiro me lembra nem iniciá-lo com uma valente dor de dentes. Pesa-me o mês e o corpo. Sinto-me gorda. E acho que arrependida de ter cortado o cabelo, ou a franja, ou ambos.
Há coisas - tantas - que tenho de mudar e outras de fazer acontecer. Todas elas são boas, mas hoje, neste dia 2 de Janeiro, não me sinto capaz. Arquivo projectos como se me bastasse olhá-los tão organizados e alinhavados, mas não ouso tocar-lhes. Outros há que não posso, não dependem de mim e para esses a resolução seria puxar a toalha. Mas, não me sinto capaz.
Acordar com a sonsa da Elisabete, de vestido vermelho, sentada ao lado do palerma do Quintino Aires não é bom. Soube a um café enjoativo de tanto açúcar.
Deixa-me ir ali tomar um spidifen.

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