29.4.15

A curiosidade não matou o gato.



Sendo eu uma acérrima defensora da sabedoria popular, sempre com um provérbio na ponta da língua, não concordo com este. Embora, já o tenha usado muitas vezes.
A curiosidade não matou o gato nem mata ninguém. Torna-nos mais espertos e melhor preparados. A curiosidade é saúde. E muitas vezes a diferença entre estarmos vivos e mortos. De todas as vezes que me disseram "olha" e não olhei estava mal. Desanimada. E nem a surpresa e a expectativa de um "olha"me entusiasmaram. 
Muito antes de mim, foi a Carolina a primeira a manifestar curiosidade em ver as 50 Sombras de Grey. Gosto que a minha filha beba conhecimento noutros sítios além de casa e que aprenda muito para além do que eu lhe ensino. 
Perguntou-me se podia ver o filme. Naturalmente, não estava nos meus planos de Domingo sentar-me com ela a ver as 50 Sombras de Grey, (tampouco com o pai dela). Mas, ela estava curiosa.
Quando me predispus a ver o filme quis acompanhar-me. Não me senti confortável. Disse-lhe que não, que não era para a idade dela, que fosse fazer outra coisa qualquer. 
Não tenho dúvidas que a situação me incomodava mais a mim do que a ela que com toda a naturalidade me pergunta tantas vezes, "mãe tu fazes sexo?". E com essas questões me cala porque não sei o que lhe dizer. Ou melhor, até sei. Faço filha quando me apetece e não estou cansada. 
A Carolina está prestes a fazer 10 anos. Como ela diz, está difícil controlar as hormonas, e agrada-me a curiosidade que manifesta em relação a tudo, inclusive à sexualidade. Gosto, particularmente, que me aborde, e me pergunte se fiz amor na véspera.  Espero estar à altura da sua fome de saber. 

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