5.4.15

Eu gostava de ter fé.


Fé em Deus. É disso que falo (a propósito da Páscoa).
Prometer com a convicção de quem acredita no milagre. Não consigo. Acho que nunca consegui. Porque a única vez que pedi (um milagre) não o fiz com fé suficiente. Na única vez que pedi senti que a batalha já estava perdida. Fi-lo, apenas, por descargo de consciência.
Já não rezo. Já não me benzo. Deixei de pensar em Deus. E de - tentar - entender a minha relação com a religião. Ela existe. E eu sei que é bem mais difícil acreditar do que o contrário e eu limito-me a seguir o trilho mais comodo. Mas, gostava de calçar as sapatilhas e correr um trail. Procurar um sentido. Acreditar no que não vejo. E se um dia voltar a precisar pedir com a convicção de quem tem fé.
Acredito em mim. Nas pessoas, em geral, como seres capazes de tudo. Do bem e do mal. Sou pelo fazer acontecer. Arregaçar as mangas. Puxar a toalha. Acredito na energia. Não sei se em Deus.
Até lá, aproveito as festas católicas para reflectir. E convido, quem como eu, continua a sua busca, a fazer o mesmo. Vale por tentarmos ser apenas um bocadinho melhores.
Boa Páscoa.

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