9.4.15

Meu primeiro amor.


Sei quem definisse este título como "romélico/lamechas". Eu concordaria.
Ainda há pouco, a navegar pelo feed do facebook, dei comigo a torcer o nariz a publicações de amor. Existem de todo o tipo e para todos os gostos, menos para o meu. Desde o Rei Leão passei a apreciar os finais infelizes ou, pelo menos, a não esperar sempre o viveram felizes para sempre.
Desta vez, não pude evitar. Não o soube escrever de outra forma. Porque antes de ti, foram amores menores. Que não descompassavam nem tiravam o fôlego. Ou o chão. Não levavam às lágrimas. Ou ao riso. Antes de ti, só a minha infância. Depois de ti, tudo.
Fiz-te e tornaste-te parte orgânica de mim. Qualquer coisa que dói. E não cede ao benurón. Tornaste-te fome. E sede. Continua, a tua vida, a correr no meu sangue.
Não sei se sabes isso. Estarás mais empenhada no next level do candy crush ou no criminal case. Mas, tens tempo para perceber.
Gritas. Cobras. Desobedeces. És quase tão chata como a tua avó. E nem sempre te lembras que a minha paciência não estica.
Eu sou a mesma. Tu também. Mas, permite-me vasculhar a adolescente que te tornas. Nem sempre é fácil olhar-me no espelho e recuar 20 anos.
Não podes comer só tomates e morango. A minha sopa é melhor do que a da avó. Desliga os dados móveis quando sais de casa. Chega desodorizante. Põe hidratante. E não laves a cara como os gatos.

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