29.5.15

Uma espécie de ti que não sei o que é...


É uma espécie de sunday de chocolate com molho extra. E pronúncia. No escuro que te disfarça os olhos.
Uma espécie de vontade em ponto de caramelo. Sem hora marcada. Porque é sempre. E é tanta. (Mesmo quando não estás).
É o raio de dois telemóveis brancos na mão. E o meu cheiro - e o teu - na tshirt que despes. O meu cheiro que não acaba e se cruza no cheiro que trazes na pele.
É qualquer espaço onde nos sentimos bem.
Já te disse que podia adormecer nos teus olhos? E perder-me nos abraços dos teus braços. Antes ou depois de te cravar as unhas.
É uma espécie de batimento cardíaco. E uma respiração comungada. Acordar com o mesmo beijo com que me deito, num gosto que resistiu à noite e ao hálito matinal.
Uma espécie de sunday de chocolate com molho extra. E pronúncia. Em dias de lixo que duram muitas noites.
E ovos mal cozidos que te escorrem das mãos.

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