29.6.16

Descobrimos uma nova comunidade e vamos converter-nos.





Passei os Verões da minha infância a fazer campismo.
A tenda dos meus pai era azul e durante muito tempo associava determinados cheiros àquela estadia que me lembra das minhas avós, dos meus cabelos laranja e da loucinha com que me sentava a brincar na areia.
Havia um parque, um grande pavilhão e os locais de recolha de água de que me orgulhava quando me passaram a confiar tal tarefa.
Depois, o Parque de Campismo da Apúlia morreu. Deixaram-no como que abandonado e nem sei se continua a existir.
Não voltei a acampar. Não surgiram mais oportunidades e também não as procurei.
No Sábado, a convite de um casal amigo que faz do campismo um estilo de vida - daqueles cuja tenda até fala e serve cafezinho - fomos conhecer o Parque de Campismo da Penha, aqui mesmo ao pé de casa.
Confesso que não tinha grandes expectativas. Como a Selecção jogava nessa noite ficamos para jantar. Quando me abeirei da comunidade recuei 20 anos na minha vida, como se olhasse o pequeno pónei cor de rosa pela primeira vez e me preparasse para lhe afagar as longas crinas. Até a tenda era azul como a do meu pai.
Ora, a comunidade tem lá um espacinho e depois de perceberem que somos gente boa, dada a brindes e clássicos dos anos 80 aceitaram-nos.
No próximo final de semana pegamos na criançada e subimos à montanha.

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