29.6.11

Hoje, sim, Angélico



Custa a acreditar que o Angélico morreu. Tenho a sensação que a qualquer momento vai aparecer no Fama Show e vamos vê-lo com aquele ar de puto descontraído numa onda "tass bem". Era essa a ideia que tinha dele.
Há a ideia que as figuras públicas não morrem. E a verdade, é que só deixam de ser vistos, aos nossos olhos de cidadãos estranhos e anónimos. Não era apreciadora da sua música. Não era fã. Mas, choquei com a notícia do acidente. E uma vez mais confirmei que somos todos potenciais vítimas.
Eu conduzo e viajo sempre de cinto segurança. É um hábito que adquiri e que as entidades também se foram encarregando de demonstrar a sua utilidade ou de a impôr através da punição. Mas, neste acidente ficou provada que a diferença entre usar e não usar pode ser a diferença entre viver e morrer. Bater a uma velocidade de 50 quilómetros, sem cinto de segurança é como cair de um quarto andar.
É claro que também achei um pouco carnavalesco o aparato. Os amigos e pseudo-amigos que fumavam e choravam à porta do hospital. O desfile de meninas em trajes menores para paparazzi fotografar. E as fugas de informação ou a desinformação a que assistimos nos últimos dias. Parecia enredo de novela. Ai está em morte cerebral. Olha que não porque ele até tem reagido a alguns estímulos. Agora é que é, está clinicamente morto. Qual é a diferença entre estar morto e clinicamente morto??? Acho que a dada altura até se avançava com a hora da morte do rapaz..."vão desligar o suporte de vida dentro de 10...9...8...7... E o óbito será declarado às...". Mas, o que é isto??? Se o rapaz se aguentasse por mais tempo faziam como os ingleses fizeram com o Villas Boas e e criavam um site com um relógio para contar os segundos, horas e minutos em que se aguentará no Chelsea.


E por favor, usem cinto. Não há super heróis.

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