5.7.11

Ir ou não ir?



Dormi como um anjo, mas um mal entendido às 8.30 da manhã fez-me começar o dia logo com o pé atrás (para não dizer os dois). Resolvi tudo no minuto seguinte, mas ainda assim aborreceu-me.
Estou em dia "nim" o que é recorrente e normalmente acontece uma vez por mês.
Por regra sou decidida. Tenho sempre respostas. Não costumo hesitar entre o verde e o choque. Entre o salto ou a cunha. Entre o liso ou o ondulado. Sei o caminho a tomar e não me distraio com o GPS e com a voz da Rechirle "vire à direita na próxima saída" (ter em conta o sotaque brasileiro). Mas, se me aparecesses agora com um plafond de 2500 euros claro que os despacharia, mas aborrece-me isto de não ter na ponta da língua onde, em quê? Vestidos ou jumpsuites? Malas ou sapatos? Para elas ou para mim? Perfume ou maquilhagem?
É como a merda da questão das férias. Agora vou. Daqui a meio minuto, não vou. Agora é Algarve. Depois do almoço, a ressacar a vontade de fechar a pestana, penso na viagem, nas malas, nas cadeiras, na areia grudada no protector, nas camas estranhas, nos ingleses, e decido não ir. À noite, quando o jornal estiver na gráfica a imprimir e sentir aquela sensação de dever cumprido e subtrair menos um à conta dos que faltam até às férias, vou recuperar a vontade de sair. De viajar. Como quando enfiei a Carolina num avião durante 9 horas e até ela sentiu a turbulência da linha do Equador. Digo mais, voltaria a andar no Space Montain ou no Indiana Jones.
De repente ocorre-me Barcelona, a dois. E no mesmo segundo elas fazem-me cara de gato das botas e pela sensatez afigura-se-me a Póvoa (agora sou eu o Gato das Botas na sua versão mais triste e deprimente, do último, em que está velho e obeso).

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