26.8.11

Último dia de férias



Hoje foi oficialmente o meu último dia de férias. E passei-o onde? No CHAA. Para quem não sabe, nesse maravilhoso hospital central com selo de qualidade. Entrada: pouco depois das 12.30 horas. Saída: perto das 20. Nos entretantos, muita dor aguda, colheitas, ecos, enfermeiros da velha guarda que nunca superaram a frustração de não entrarem em medicina, meia dúzia de internamentos e o pior, uma bebé da idade da minha que decidiu engolir um alfinete.
A sério, eu também tinha uma frustração pessoal de não ter tirado medicina. Em tempos achei que seria uma belissima médica, mas hoje dei comigo a pensar, nos corredores da urgência, que não seria capaz de conviver diariamente com tanta desgraça. Caí em mim e percebi que não sou assim tão forte. Uma coisa é a quantidade de artigos que leio, ter sempre uma desconfiança sobre o diagnóstico e até sugerir o antibiótico. Outra é passear-me de mãos nos bolsos enquanto uma criança de ano e meio agoniza com um alfinete espetado na garganta.
Bom, não tenho dúvidas que os nossos médicos e enfermeiros são, na sua maioria, excelentes profissionais, têm a nossa cura nas mãos e esforçam-se por serem bem sucedidos naquilo que fazem, mas se puderem, evitem passar pelo hospital. A sério. Como? Cuidem da saúde. Mais vale prevenir que remediar.

Quanto a mim, só lá fui para acompanhar um tio querido que por lá ficou a tratar-se. Nada de grave.

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