4.7.12
Diferencas
A Pipa subiu aos quartos enquanto ainda estávamos deitadas. Abraçadas as duas. Eu a contar e ela a ouvir o capuchinho vermelho.
A porta estava fechada e do interior ouvíamos as unhas limadas da Pipa no chão e o seu respirar, sempre ofegante do nariz achatado.
- Enta Pipa... Enta - insistia a Constança.
- Ela não consegue abrir a porta - expliquei-lhe.
Seguiu-se uma pausa. Segundos de reflexão.
- A Pipa um tem mãos!- lamentou a minha pequena.
Descobrir naquele momento que a cadela é diferente de si manifestou-lhe um desencanto tão grande como se estivesse a descobrir que o pai Natal não existe.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Tão giro quando eles começam a descobrir o mundo.
ResponderEliminarTens muita sorte, a tua filha é tão pequenina e pelos vistos fala tão bem. O meu não diz quase nada :-(
ResponderEliminarO meu filho também fala com o gato como se estivesse a falar com gente...
ResponderEliminar