4.7.12

Diferencas

A Pipa subiu aos quartos enquanto ainda estávamos deitadas. Abraçadas as duas. Eu a contar e ela a ouvir o capuchinho vermelho. A porta estava fechada e do interior ouvíamos as unhas limadas da Pipa no chão e o seu respirar, sempre ofegante do nariz achatado. - Enta Pipa... Enta - insistia a Constança. - Ela não consegue abrir a porta - expliquei-lhe. Seguiu-se uma pausa. Segundos de reflexão. - A Pipa um tem mãos!- lamentou a minha pequena. Descobrir naquele momento que a cadela é diferente de si manifestou-lhe um desencanto tão grande como se estivesse a descobrir que o pai Natal não existe.

3 comentários:

  1. Tão giro quando eles começam a descobrir o mundo.

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  2. Tens muita sorte, a tua filha é tão pequenina e pelos vistos fala tão bem. O meu não diz quase nada :-(

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  3. O meu filho também fala com o gato como se estivesse a falar com gente...

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