29.11.12

29 de Novembro

Dizer que é a noite mais longa do ano em Guimarães é básico. O leitor que não vive cá, desconhece a noite do Pinheiro, vai imediatamente lembrar-se da passagem de ano e remeter a noite de hoje para uma escala menor. Enquanto vimaranense, posso assegurar-lhe que, nós, gente do berço, esperamos com mais expectativa que se erga um pinheiro do que se abra um champanhe.
Dizer que o Pinheiro é um cortejo do próprio do pinheiro (árvore) puxado por bois e seguido por milhares de pessoas, a pé, enquanto batem baquetas em caixas e bombos, é não dizer grande coisa. O leitor estará a perguntar-se "que piada é que isso tem?".
Musica ao vivo? Pois que não há.
Comes e bebes? Pois que sim, o segundo. O peso, das caixas e dos bombos, faz sede, sim senhor. Bebe-se um (bom) bocado, admito.
Conquisto a sua atenção se disser que toda a gente usa chapéu? Gorros, barretes... Tudo o que der para enfiar na cabeça...
Posso acrescentar que o cortejo é composto por milhares de pessoas. Velhos e novos. Pais, filhos, avós. Vão para tocar... essencialmente para tocar. Mas há quem se enfileire nas margens para ver o monumental pinheiro que simboliza a virilidade.
Não parece grande coisa? Asseguro-lhe que é.
Se não puder vir este ano, no próximo, reserve a noite de 29 de Novembro.
E traga um chapéu.



Esta só os vimaranenses entenderão

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