29.11.12

Alisamento

Já me fartei de dizer isto, mas vou repetir. Sou ruiva. Cenoura, mesmo. Os meus cabelinhos da zona da testa são laranja.
Vai daí, como ruiva que se preze tenho uma grande juba. Tenho cabelo em quantidades industriais. E em circunstâncias normais um cabelo meu equivale a quatro das outras pessoas.
Antes dos 10 anos já ia ao cabeleireiro semanalmente porque a minha mãe sentia-se constrangida com a minha juba, numa altura que para mim, sinceramente, era para o lado que dormia melhor. Mas, com 10 anos eu queria lá saber se o meu cabelo era rebelde??? Lembro-me de ripostar, de fazer queixa ao meu pai que ela me obrigava a esticar o cabelo.
Entretanto, a minha mãe achou que se o mantivesse curto conseguia domesticá-lo. Foi o maior erro da vida dela com repercussões na minha (se me lês mãe, ainda não te consigo perdoar).
Fui crescendo e o gajo começou a embaraçar-me. Mas o cabeleireiro também não era solução. Vinha de lá com mais volume que o Abel Xavier e corria a enfiar o capacete (sim, eu andava de mota) que em casa trocava por um gorro. Não tinha coragem de sair à rua depois de secar o cabelo no cabeleireiro.
Mantive esta técnica. Até ontem. Altura em que fiz um alisamento brasileiro. Sem químicos. Mas, moroso para cacete.
Parece que fui lambida por uma vaquinha.
Já dormi e o gajo continua obediente. Aliás, tão obediente que o meu marido lhe pôs a mão e estranhou (sem saber o que lhe tinha feito). Depois de lhe explicar, não é que teve a lata de se lamentar, "não estou acostumado a sentir tão pouco cabelo. Não sei se fizeste bem".
Uma mulher atura cada uma!

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