28.5.14

O que está para lá do Mundial no Brasil

Quem já esteve no Brasil já viu de perto o negócio da prostituição. E para tal não é preciso andar em zonas faveladas, basta ir de férias. Apercebemo-nos facilmente das prostitutas que às tantas estão sentadas no teu hotel na mesa do lado a acompanhar o empresário que ia no banco atrás de ti do avião. Às vezes, torces o nariz e até desconfies se a miúda será maior de idade. Mas não aprofundas. É o que é. Estás de férias e mudar o mundo não faz parte do roteiro.
Não tenho nada contra a prostituição. Vejo-a como um negócio, que como qualquer outro, deve ser feito com profissionalismo e cuidados acrescidos porque dele podem resultar sérias consequências e aqui entramos na questão da saúde e da integridade física. A prostituição levanta questões morais. Da mulher obrigada a prostituir-se e da mulher traída pela profissional do sexo. Mas não é disso que se trata aqui.
Não me chocam as prostitutas de luxo nem as putas da beira da estrada. Chocou-me esta reportagem. Porque não são prostitutas. São crianças! Crianças com mais três anos que a minha filha mais velha. Crianças que se vendem aos trabalhadores dos estádios de futebol na pausa do almoço. Que o fazem com uma resignação atordoante.
Eu conhecia, de modo ligeiro, o negócio do sexo no Brasil, mas desconhecia que fossem permitidas prostitutas com 14 anos.

Esta reportagem é REPUGNANTE!!!

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