12.6.14

O castelo nas costas


Tanto que eu brinquei nos jardins do castelo. Joguei bola; apanhei castanhas, fiz piqueniques. Quase sempre ao Sábado de manhã, depois da reunião dos escuteiros.
Cresci com este castelo nas costas e nunca o achei tão lindo - e imponente - como hoje o acho.  Tampouco entendi-a a sorte de ter, assim, um castelo nas costas. Pensava que todas as cidades tinham castelos. Castelos assim, como o meu. Colinas sagradas como a minha, com um Paço, como o dos Duques de Bragança, aninhado aos pés das muralhas de Afonso Henriques, de frente para o campo da batalha que permitiu ser Portugal.
As minhas filhas, menos criadas na rua, sentem-se gratas de cada vez que lhes permito sentar no chão. E entendem a sorte de ter um castelo nas costas.

Sem comentários:

Enviar um comentário