21.7.14

Reencontro com a balança


Bastou um pouco de cor na pele para me encher de coragem e subir à balança depois de meses de afastamento. Fugi dela como o Duarte Lima da polícia brasileira, mas sabia que um dia teríamos de voltar a um tu cá, tu lá, eu e ela que tantas vezes nos encontrámos com uma frequência diária.
Tenho cometido excessos. E tenho gostado. Ora, pisando na balança e vendo reflectido, em números, os meus excessos faria com que deixasse de os cometer. Porque eu sou assim, obstinada.
Contrariamente, à maioria das pessoas, eu engordo mais no Verão. Em Março começam os aniversários que só terminam em Agosto e pelo meio, chega o calor e a vontade de beber sangria, de comer gelados, de jantar fora, de ficar na varanda a enfardar amendoins. E depois as Gualterianas, as farturas, as bifanas e o pão com chouriço. Já para não falar das férias. Quem é que vai de férias e não come? Ora deixa cá ver, torradas quentinhas só à espera das compotas? Vou dispensar. Olha, arroz doce... Também não. Fico-me pela água e por dois tomates cherry.
A modos que estou com mais 2 quilos do que era suposto. Não gostei, mas também não peguei na gilete do homem para cortar os pulsos. Respirei fundo e reflecti, "Andreia, querida, são 17 horas. Amanhã, pela fresquinha, logo após o primeiro xixi repetes. Pior não há-de ser".
Agora vou só ali beber um chazinho para enganar a fome.

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