2.10.14

As mães fazem mesmo magia.


Cá em casa o beijo mágico substitui o brufen. Não é um beijo qualquer. É o meu beijo, o beijo da mãe. Quando esbarra numa esquina. Sempre que o William a arranha socorre-se em mim. Um beijinho mágico sara-lhe a dor.
Que me perdoe o Mário Daniel mas gostava de vê-lo fazer magia como nós. Mães!
Sem hora para deitar. Porque há sempre uma pesquisa que falta; um texto para bater. O blogue para actualizar. Os cães para levar à rua. Roupa para lavar; estender; dobrar; passar. Jantar para fazer. Lanche para programar. Recados para assinar. Banhos. Leites. Tostas com queijo ao serão.
E de manhã, quando o telefone desperta, a primeira coisa que me vem à cabeça é "estou em depressão". Até elas chegarem. E me obrigarem à luz do dia. Me acordarem com as birras matinais. Porque o cabelo está embaraçado e a jardineira encurtou. Improvisa-se a roupa em cima da hora. Lavam-se caras, dentes, calçam-se sapatos, às vezes ao contrário, como ontem. Esquecem-se casacos e o comando da garagem.
Tens a lide da casa. A lide da mãe. E a lide que alimenta.
O dia é pesado, mas faz-se curto. Vale-nos a magia.
E eu tenho uma vida facilitada.

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