16.4.15

Todas as manhãs baixa em mim o demónio.



Tem sido assim desde segunda feira.
A Constança voltou a embirrar com o colégio. Começa o dia em negação plena. Não quero acordar. Não quero o leite. Não gosto de peixe. Não quero ir para a escola. Não quero sapatos ou sapatilhas de cordões. Não quero estas meias.
Com esforço, posso até entender tudo, mas a cena das meias está a dar comigo em doida.
Não importa se acordo às 7 ou às 6. Chegamos invariavelmente atrasadas.
Porque a juntar às birras da mais nova, há as ordens - cumpridas a custo -  à maior. Vai tomar o pequeno almoço. Lava a cara. Lava os dentes. Não tens noção como estás despenteada, pois não? Veste o casaco...
Entretanto, a Constança atira com o que lhe resta. Dói-me a barriga. Aiiiiiiiiiiii.
Não chega. Vai à casa de banho que isso resolve-se.
Sendo hoje o Dia Mundial da Voz, acabei de perceber que uso muito mal a minha. Grito muito e sempre no limite. Grito tanto ao ponto de a voz me falhar.
Eu gostava de ser zen. As minhas filhas rebentavam-me com a paciência e quase em surdina - como faz o meu ginecologista - eu repreendia-as. Mas, não consigo. Já falo tendencialmente alto. Não consigo repreender sem elevar a voz.
(Mais uma resolução para 2015)

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