8.9.15

Amigas.


Eu não fumava. Continuo sem fumar. Mas é na partilha de umas passas, entre o fumo que se desfaz  pela janela entreaberta e a nossa prosa que percorremos quilómetros de vida. Frente a frente, de pés descalços e pernas dobradas agarradas pelos braços. Em pé. No encosto do armário. Sentadas na mesa oval. Debruçadas no terraço onde, no horizonte, os nossos olhos contemplam, Guimarães aninhada. Nas noites de Julho quentes como se fosse Agosto ou nas noites de Agosto frescas como se fosse Outubro.
Uma mensagem a confirmar a presença. Umas sommersby debaixo do braço. E a paciência (delas).
Fiz amigas na desordem. Reforcei laços, de amizade e de família.
Foram noites. Muitas. Conversas que começavam presencialmente e terminavam à mão de um telemóvel, madrugada fora, milhares de caracteres depois.
Às tantas percebes que há tangas que talvez não o sejam. E fazem sentido. Há merdas que acontecem porque têm de acontecer e por mais desgastantes e destruidoras que pareçam o lado bom existe mesmo.

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