4.11.16

Outubro em Novembro. Do acidente à festa.


Sabia que (Outubro) seria intenso. Queria-o inesquecível. E comprometi-me na tarefa. Longe de imaginar que Outubro de 2016 se tornasse memorável, pelo mau e pelo bom.
Distraíste-te na via rápida e começaste o mês no bloco operatório. Temi por ti e pela tua festa de anos que todos planeávamos, menos tu.
Depois da alta, rapidamente percebemos duas coisas: que não respeitarias a convalescença e que a festa não estava em risco.
Foi uma espécie de casamento cigano que se prolonga. Os festejos iniciaram a 20 e terminaram a 23. Pronto, exagerei, foram só três dias, mas pareceram mais. Outubro pareceu muito mais.
Cabem neste mês, que se finou, o desespero da espera, o cheiro da doença, o medo, o indicador que secou a lágrima. Mas cabe também o sorriso genuíno de quem está feliz. O banco do parque na noite de chuva. O presunto e o javali que insistes em chamar de porco e de preto.
Não esquecerás os teus 36 anos. Nem Outubro. E eu também não.

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