2.6.16

Uma espécie de declaração


Nunca fui pessoa de grandes declarações públicas de amor, mas vamos nos tornando senhoras da nossa vida, proprietárias orgulhosas das nossas conquistas, soberanas no que sentimos, orgulhosas por dar, vaidosas de poder estender a partilha aos que gostamos.
No início revia com desconfiança as frases, tudo parecia excessivo. Meloso. Até falso. Mas, o primeiro "Enter" é como lacre numa carta ida. Sabe tão bem que chega a virar vício.
Não me interessa quem diz que não há pachorra para isso. O que já não tenho é pachorra para viver por menos.
Não sei o dia de amanhã, nem me angustia que as palavras lançadas hoje possam perder sentido. Hoje amo, hoje gosto, hoje sou e hoje sinto. E sem qualquer eminência que o passar do tempo condene o que o hoje dita, lanço-me sem filtros ao amanhã.
Porque hoje, tudo o que me parece excessivo é o que guardo sentido sem dizer.
#saudades tuas"

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