2.8.16

Lutas.




Sabes Constança, não te gabo só o sorriso. Gabo-te a garra (das grandes mulheres) como a que tive a sorte de ver nas minhas duas avós. Das três és aquela que parece mais insensível sempre pronta para calçar as luvas, cerrar os punhos e lutar. Deixa-me dizer-te que a vida é isso. E se não formos capazes de lutar por nós mesmos haverá um momento em que seremos engolidos...
Não quero dizer com isto que um meteorito se vai abater sobre a Terra e fazer de nós papinha de alien... nada disso, filha. Hoje, podes não entender o que a mãe quer dizer, mas lá chegará o dia. E tu estás no bom caminho.
Há outra coisa que quero que saibas. As lutas não são sempre más. Não envolvem sempre bruxas e vilões. Há batalhas que te vão fazer deitar a cabeça na almofada e agradecer. Nada te vai saber tão bem como as coisas pelas quais tiveste que lutar. Hoje, por um chocolate. No futuro, por um amor. Mas, luta sempre minha morena. Mão na anca, costas direitas, olho no olho.
Por mim, ficarei aqui (as mães não morrem - sussurro-te à noite) a assistir, assalto após assalto. Ganhes ou percas. E é importante que saibas que não podemos ganhar sempre, mas serás sempre grande, desde que lutes.

Carolina e Victória isto também vale para ambas.

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